sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Do fundo do (meu) coração, João Diogo.


Gostava de te escrever palavras bonitas e de expressar por palavras aquilo que sinto, mas é tão complicado falar de amor quando o amar se resume a tantos momentos, a tantos olhares, a tantos gestos multiplicados em dias, divididos no tempo em que não estás e somado àquilo que guardei das vezes em que olhava para ti e desejava que o tempo parasse ou, ainda, das vezes em que te abraçava com força e pedia em silêncio para que nunca me deixasses, porque quanto mais te tenho mais preciso de ti, quanto mais te amo mais te quero, quanto mais estou contigo mais quero estar, porque o amor é tantas coisas boas que quanto mais nos amamos mais aprendemos, mais crescemos e, sobretudo, mais vivemos e, meu amor, num mundo onde a miséria reina no coração e na alma dos seres humanos, onde a fome mata, onde o cancro leva quem ainda vive, onde crianças ficam sozinhas, onde amores não correspondidos nem chegam a nascer… num mundo assim é tão raro viver, viver de amor, acordar com o coração cheio e tranquilo, como se acabasse de ter sido recarregado e eu sinto-me assim desde que estou contigo.
Amo os doces momentos em que me olhas nos olhos como quem pede para nunca te deixar, gosto das tuas mãos grandes, do teu jeitinho de miúdo, da tua voz tranquila que me acalma quando a cabeça e o coração não se entendem. És o meu pequeno guerreiro, imagino-te os traços de quando eras pequeno, de quando te escondias atrás da tua mãe, de quando brincavas aos policias e ladrões. Gosto de te passar a mão no rosto quando estás a dormir, gosto de te acolher nos meus braços e sentir-me a tua mãe quando te aninhas ao meu corpo e deixas-te ficar, tranquilamente, imerso no teu sono. Preciso de estar contigo é como se me o meu corpo precisasse de carregar baterias, como se o meu coração precisasse de ser preenchido e as minhas mãos aquecidas, preciso de me abastecer em ti para que depois consiga sobreviver ao tempo em que não estás comigo, mas que estás em mim. Por tudo isto é que te peço que mesmo que não consigas, pelo menos percebas o quanto é o amor que te tenho e que te dou todos os dias em tantos momentos e em tantas ocasiões, mesmo quando as noites são frias sem a tua presença.
Um dia, vou acordar todos os dias ao teu lado, vou sentir – como já sinto – que te pertenço e que contigo conjugo o verbo viver em vez do existir. Contigo quero saltar de pára-quedas, ver o pôr-do-sol numa praia deserta, visitar alguns países, aprender mais e descobrir, descobrir o mundo sem sair do sofá e contigo, contigo sei que esta é uma viagem ganha, sinto que desde que estou contigo é como se tivesse entrado num comboio e andasse a viver o que durante anos me tinha passado ao lado, o correr dos dias, das sensações, das recordações que outrora foram momentos, não me assusta que assim seja, estou a adorar a adrenalina e a sensação que estou, realmente, viva. Ensinaste-me muito mais do que os teus olhos possam ver à vista nua, ensinaste-me a ver na escuridão e a aproveitar o sol de Janeiro que é tão fraco, mas é o único e antes sol que chuva.
Gostava que tudo isto que te escrevo fosse mais do que uma página cheia de palavras, gostava que sentisses que o amor que te tenho é único e que estar contigo é uma felicidade estranha, mas FELICIDADE. 


in, Doce Espera(nça), Bé Rodrigues

29 comentários:

sophie disse...

Adorei querida Daniela :)

sophie disse...

ahah, porquê?:)

sophie disse...

ah muito bem ahah :)

carina disse...

o melhor texto que já li no teu blog:)

Andreia Dias Blog disse...

pois tem :)
e muito obrigada, gosto do blog*

Inês disse...

óhh, obrigada xd

n. disse...

eu adoro o teu também!*

Andreia Dias Blog disse...

de nada, só disse a verdade :)

carina disse...

li até ao fim, claro, mas nem li que não era teu, pensei que tivesses sido tu a escrever:) e oh o tamanho não me assusta!

claire disse...

" Ensinaste-me muito mais do que os teus olhos possam ver à vista nua, ensinaste-me a ver na escuridão e a aproveitar o sol de Janeiro que é tão fraco, mas é o único e antes sol que chuva." que lindo

Anónimo disse...

Adorei, bé.

claire disse...

oh obrigada daniela,tambem vou seguir:))

joanaa disse...

tão querida, obrigada!!!

Joana Nogueira disse...

Eu sei que melhores dias virão, mas agora é concentrar-me na luta que travo comigo própria. Obrigada pela força *

Anónimo disse...

As palavras de pouco servem quando de amor se trata realmente, mas que sabem bem... Lá isso sabem. (E o JD deve estar babado e derretido, eheh), mas o amor não se nota (só) por aí realmente (como bem dás a entender no inicio). O amor sente-se (e vê-se também em atos), quando estamos perante duas pessoas que realmente se amam percebe-se, o amor transborda no olhar de quem ama, é forte demais para passar despercebido. E digo que isso se nota em vocês, eu que já tive o privilégio de estar perante vocês os dois e, tal como te disse, isso nota-se. Tal como te disse, o vosso olhar brilha e acompanha-se de um sorriso tão (mas tão) bonito. Uma doce imagem.
Gostava de dizer ainda que acredito (honestamente) em vocês. Acredito que consigam manter essa essência.
Felicidades e felizes de vocês que se encontraram e completam!
Joan

carina disse...

fizeste bem e oh, podes crer que foi!:)

daniela fernandes disse...

Joan, oh linda!
"Tal como te disse, o vosso olhar brilha e acompanha-se de um sorriso tão (mas tão) bonito. Uma doce imagem.
Gostava de dizer ainda que acredito (honestamente) em vocês. Acredito que consigam manter essa essência.
Felicidades e felizes de vocês que se encontraram e completam!" já li e reli, reli... fico mesmo contente pelo que me disseste, na altura e agora. Fiquei admirada, porque não sabia que se via.. Não sabia que se percebia.. pelo outro, pelo que vê de fora.

Joan disse...

Mas dá, acredita em mim!
Um dia, se surgir oportunidade, capto um momento desses. Há assim um brilhozinho (ou brilhozão) nos olhos e um sorriso puro nos lábios.
E manter a opinião que ainda hoje tens (ao que mostras-te a todos com este texto) depois de um tanto tempo é bom de se ver. Porque (infelizmente) hoje em dia muitas poucas pessoas são assim.
Eu fico feliz por saber que ainda existe espaço para amar no meio do mundo em que estamos, amar a sério, mesmo depois de paixão, sofrimento, tudo o que se passa para amar... Amar! (e fico ainda mais feliz por saber que és tu, voces)

sophie disse...

ja te mandei convite fofinha :)

Euphoria disse...

tens sempre bom gosto, até no que escolhes :)

Euphoria disse...

hahaha ao contrário de mim tu ficas sem palavras "em frente" ao amor. És mais filosófica. Quando leio o que escreves reparo que tu tens assim uma maneira cirúrgica e filosófica de pôr as coisas. eu gosto. és diferente :)

e obrigada pelas tuas palavras, é sempre bom ouvir isso :))

sophie disse...

muito obrigada Dani :D

Euphoria disse...

Acho que não se trata de conseguir, é mais uma maneira de ver o mundo. Eu gosto de reparar nas cores, no brilho e no coração das pessoas. Tu olhas para o porquê das coisas. Mas à tua maneira vais sempre saber falar de amor :)

Qual é que ela escreveu? Acho que não estou em erro mas já tiveste aqui um "a ler" dela, não?

Joana Nogueira disse...

Obrigada, eu sigo de volta *

n. disse...

também eu sigo*

Sara Pereira disse...

Quem me dera conseguir expressar-me tão bem como tu em relação ao amor. Quando começo a escrever , as palavras esgotam-se pois o coração quer falar mais alto.
Amei , amei e amei o teu texto.
Desejo-te as maiores felicidades do mundo amiga!

Euphoria disse...

então fiz confusão... porque já tinha lido esse nome em qualquer lado, afinal foi um texto :)
sobre o que é?

Euphoria disse...

hmm, parece ser interessante. vou ver se o encontro à venda :) já ando a precisar encontrar um livro para ler :b

Anónimo disse...

bem no fundo, o amor verdadeiro ainda existe. raro, mais difícil de encontrar do que qualquer outra coisa, mas existe. existe e é verdadeiro, existe e é amor.

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